A origem da SUA ignorância

ou o sucesso da Educação brasileira

Olá pessoal,

vocês já assistiram ao vídeo COMO O BRASIL ESTÁ CRIANDO IDIOTAS

Se ainda não, recomendo fortemente que assistam. Foi um vídeo que mexeu comigo profundamente e que me fez expor uma reflexão sobre o papel da educação na nossa sociedade.

Neste texto, quero compartilhar com vocês os bastidores da escrita desse roteiro. Quero falar sobre como foi o processo de criação, as minhas sensações ao ver o vídeo pronto e como foi ler cada comentário de vocês.

A ideia para o vídeo surgiu de uma inquietação que me acompanha há muito tempo: 

A crise educacional brasileira. 

Esse tema mexe comigo intimamente, pois acredito que a educação é a chave para o desenvolvimento individual e social. 

Você já se perguntou por que a educação no Brasil está em crise?

O ponto é que a Educação no Brasil simplesmente não existe. Não existe um povo culto, bem como também não existe um povo que saiba dialogar minimamente sobre questões básicas como política, economia, justiça e… educação.

Você pode ter estudado no ensino fundamental e médio e ter saído de lá sem saber como planejar sua vida financeira, sem um caminho para sua vida profissional, sem um vasto contato com as artes. Nada disso, apesar de notas altíssimas.

E pra quem vai pra universidade, a situação não é diferente. 

Ensino fraco, esquemas de cola para passar nas provas e no final das contas um papel chamado diploma para grudar na parede. 

Isso não é novidade pra ninguém. 

Eu queria trazer neste vídeo algo novo, algo que pudesse dar uma luz para aquelas pessoas que, assim como eu, estivessem desesperadas por uma resposta, por um plano de ação.

Um inscrito, aliás, fez um comentário no vídeo que me marcou demais. Ele disse:

Essas reticências retumbam forte: representam a busca por uma explicação e, ao não encontrá-la, a toalha esfacelada ao chão.

Eu também me sinto assim, meu caro. 

É por isso que vale a pena essa investigação. Para desperdiçar cada vez menos brasileiros neste esquema que aqui se chama Educação.

Começada a busca, surge um problema: sempre tem um problema maior do que o problema.

  1. “A Educação está assim porque as redes sociais deixaram as pessoas incapazes de prestar atenção”.

  2. “A culpa é do governo que estabeleceu a progressão continuada”

  3. “O ensino é fraco porque os professores são mal formados”

  4. “É que no Brasil da Era Vargas….”

Percebe que somos sempre vítimas de algo maior? 

Sempre que questões como esta surgem eu tendo a buscar referências lá na Grécia Antiga. 

Isso parece clichê, mas não é. 

Foi na Grécia Antiga que a humanidade deu um salto incomparável e abandonou um modelo de sociedade cosmológica para abraçar a filosofia e assumir a responsabilidade pelas próprias ações.

Antes dos gregos, os povos se sentiam literalmente participantes de uma engrenagem eternamente cíclica. Não somos capazes de compreender uma sociedade assim justamente porque os gregos influenciaram toda a civilização ocidental com essa nova forma de enxergar a existência.

Pra você, que me acompanha por aqui e tem interesse em camadas mais profundas dos conteúdos, eu tenho a liberdade de avançar um pouco mais. E se ficar alguma brecha, algum mal entendido, ou mesmo uma oportunidade de aprofundamento, pode me mandar uma mensagem que voltamos com qualquer assunto.

Para o tema Educação, os gregos me serviram de base por sua influência sobre a civilização ocidental. Eu sei que eles tinham outro entendimento de cidadão, de política, de vida. Mas essas diferenças nós podemos, ao menos, compreender.

O grego tinha a educação como instrumento para uma formação integral do Homem. O romano também. O que muda nesses casos é a resposta para uma importante pergunta:

O que é o Homem?

De qualquer forma, o que nos importa, de fato, é a resposta que nós damos a essa pergunta. Eu não preciso que a nossa resposta seja a mesma que a de povos antigos.

Vamos lá: o que é o Homem? E como a Educação pode auxiliar na formação deste Homem?

Eu gosto de pensar nas crianças. Se você tem filhos, pense no seguinte: qual seria o parceiro ideal para eles? Alguém com notas altíssimas? Alguém que passou em um concurso? 

Esse pensamento é interessante porque a gente consegue perceber que a nossa Educação está completamente desconectada do mundo real. A escola não forma caráter, não orienta cuidados com o corpo, não permite o uso da criatividade e, por incrível que pareça, não conduz para o domínio da própria mente.

Meu lado mais pragmático sugere, portanto, uma ação rápida: faremos uma reunião e definiremos nosso ideal de Homem. Agora é só desenhar uma escola que conduza a este ideal.

Como você ainda não me falou qual é o teu ideal de Homem, pensei sozinho que deveria ter algo relacionado com os grandes gênios do renascimento. Me impressiona demais que, em uma época tão distante, fosse possível a formação de tantos gênios. As pessoas dominavam áreas totalmente distintas em alto nível. 

Qual era o modelo de educação desses afortunados?

Aqui eu chego nas Artes Liberais. E mais uma vez, talvez a solução não seja simplesmente rasgar o currículo atual e passar a trabalhar com as três artes do trivium e as quatro do quadrivium.

Antes disso, eu proponho uma reflexão introdutória: o trivium era composto por gramática, dialética e retórica, e tinha como objetivo permitir o domínio da linguagem. 

A parcela da nossa população que não sabe o significado das palavras dialética e retórica é imenso. Gramática a gente até sabe o que é, mas não se lembra de todas aquelas regrinhas.

Isso me lembra Confúcio:

“Se a linguagem não for correta, o que se diz não é o que se pretende dizer; 

se o que se diz não é o que se pretende dizer, o que deve ser feito deixa de ser feito;

se o que deve ser feito deixa de ser feito, a moral e as artes decaem; 

se a moral e as artes decaem, a Justiça se desbarata; 

se a Justiça se desbarata, as pessoas ficam entregues ao desamparo e à confusão. 

Não pode, portanto, haver arbitrariedade no que se diz. É isso que importa, acima de tudo”.

Parece que entre o renascimento e o século XXI, alguém leu Confúcio e sabe exatamente o que quer colher com um povo que não sabe falar corretamente.

No vídeo, eu trouxe a ligação da família Rockefeller com a Educação porque o Brasil segue os passos dos norte americanos. 

O irônico é que ali existe um ideal de Homem: aquele que serve como uma peça para o sistema.

Neste caso, se a escola fosse capaz de criar pessoas dóceis com um conhecimento suficiente para manter o funcionamento básico das estruturas da elite, ela teria seus fins alcançados.

Aqui está a chave de todo o vídeo: ninguém falou o que é o Homem, então o Rockefeller falou primeiro. Até hoje estamos em um sistema que nos conduz para um posto de trabalho bem abaixo de nossas potencialidades.

Só que hoje, com a internet e a disponibilização de tanto conteúdo de qualidade, o jogo pode virar.

Eu trouxe o argumento do homeschooling e bastante gente torceu o nariz sem compreender o ponto: se é possível uma criança aprender TUDO em casa, também é possível que nós, adultos, tenhamos uma segunda oportunidade de buscar formação, capacitação técnica e intelectual para nosso próprio crescimento.

O que é fundamental para que VOCÊ assuma o controle da sua própria vida?

Para uns é aprender a programar, para outros é aprender investimentos.

Eu acredito no objetivo primário das Artes Liberais. Acredito que precisamos recuperar nossa capacidade linguística. 

Ler, escrever, falar, pensar.

É por isso que você vai encontrar no meu canal uma porção de vídeos audaciosos, provocativos e libertadores. 

Com a mente cheia destas reflexões, comecei a escrever o roteiro de COMO O BRASIL ESTÁ CRIANDO IDIOTAS. Foi um processo intenso e desafiador, pois eu queria transmitir a complexidade do tema de uma forma acessível.

Busquei utilizar uma linguagem simples e direta, evitando termos técnicos que pudessem afastar o público. Também me preocupei em apresentar exemplos concretos para ilustrar os argumentos.

O roteiro passou pelas mãos de diversos profissionais talentosos. Cada um deles contribuiu com a sua expertise para transformar o texto em um vídeo de alta qualidade.

Ver o material pronto foi uma experiência emocionante. Foi como ver um sonho se tornando realidade.

Fiquei feliz em ver que muitas pessoas se identificaram com o tema e que o vídeo gerou reflexões importantes. Também li críticas construtivas, que me ajudaram a entender melhor a perspectiva do público.

Os comentários me mostraram que o tema da educação é de grande interesse para todos. As pessoas estão buscando respostas para os problemas que enfrentamos em nosso sistema educacional.

O sucesso do vídeo  contribuiu para o crescimento do canal Eumismo. Isso me abriu novas oportunidades de trabalho e me permitiu alcançar um público ainda maior.

Com o aumento da audiência, pude aprofundar em outros temas que me interessam, como história, filosofia e política.

O processo de criação de conteúdo é uma jornada contínua de aprendizado. Cada vídeo é uma oportunidade para aprimorar minhas habilidades e para me conectar com o público de uma forma mais profunda.

Todos nós temos histórias para contar e ideias para compartilhar. Se você se sente motivado a criar conteúdo, não hesite em dar o primeiro passo.

Existem muitas ferramentas disponíveis para te ajudar a transformar suas ideias em realidade. Você pode começar escrevendo um blog, criando um canal no YouTube ou publicando seus textos nas redes sociais.

O importante é começar e nunca desistir. Acredite no seu potencial e na sua capacidade de criar algo que possa impactar positivamente o mundo.

Um abraço,

Eumismo

P.S.: Se você gostou deste texto, deixe um comentário abaixo! Sua opinião é muito importante para mim.

Gostaria de saber mais sobre algum aspecto específico do vídeo ou do processo de criação do roteiro?